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Brasil - Argentina - Paraguai

Não dá para deixar de dividir com vocês a nossa aventura entre Brasil, Argentina e Paraguai vivida nesse final de semana.

Tudo começo há umas duas semanas quando descobri que pela bagatela de 50 reais eu e o maridão, poderíamos ir e voltar, em um ônibus daqueles de dois andares, chiquérrimos da Argentina, de Posadas e depois pegar um outro "coletivo" e atravessar para Encarnacion.

Então na sexta feira fomos até Santo Tomé e compramos nossas passagens de ida e volta. Passamos na Aduana e perguntamos o que precisaríamos para ir até Posadas. O homensinho da Aduana disse que só identidade e fazer a migração avisando que iamos a Posadas. Nossa passagem era para o ônibus das 7:55, que para a gente é 8:55 já que eles não tem horário de verão.

No sábado acordamos as 6:50. Tomamos café, botamos o lixo para a rua. Pegamos o carro e nos fomos rumo a Aduana. Preenchemos a papelada e as 8:36 brasileiras, 7:36 argentinas estavamos na rodoviária prontos a embarcar no "coletivo". Oito horas da manhã e nada do busão. Perguntei a vendedora de passagens e ela justificou que por ser período de férias os ônibus estavam atrasados.

As 8:40 o coletivo chegou. Haviam 5 pessoas para embarcar. Nós e mais três argentinos. Inclusive uma menina que tinham chegado a 5 minutos na rodoviária e acabado de comprar o passagem. O ônibus só tinha 3 lugares e entraram os três argentinos e nos deixaram do lado de fora. Na maior cara de pau fizeram isso. Foi um desrespeito enorme. E pior que queriam nos empurrar um outro coletivo que sai uma hora depois. Brigamos, gritamos, xingamos e conseguimos nosso dinheiro de volta. Fui para o carro já quase chorando, afinal era a nossa viagem para comemorar uma ano de casados.

Mas o maridão é o maximo. (Acho que foi por isso que casei com ele) e disse que iríamos e carro. E lá nos fomos nós. Indignados e entendendo porque os argentinos tem bem mais que nós. Bem mais que se &*@#$!!! Na ida fomos todo tempo comentando da falta de respeito e do preconceito que passamos. Bem indignados, porque ser maltratado pelos correntinos ( Santo Tomé faz parte da Província de Corrientes) é algo normal. Eles fazem questão de deixar bem claro que não gostam de nós, mesmo sendo a gente que sustente cidade deles.

Depois de 146 Km e duas horas de viagem chegamos a Posadas. O calor era insuportavel. Estava em torno dos 39 graus mas a sensação térmica no sol era de 50 graus. A fila de carros para atravessar para o Paraguai era gigantesca. Provavelmente uns dois kms. Estacionamos o carro. E fomos nos informar. Dava para ir a pé até a saída da argentina e lá pegar um onibus que ia até o centro de Encarnacion. Fizemos isso. Caminhamos até a Migração. Aí começou a diversão.

Depois de passar pelos agentes. Fomos pegar o tal coletivo. Sabe aquelas cenas de filme americano que mostra uma ponte para o México e as pessoas caminhando de um lado para outro na ponte e se atirando nos ônibus??? A cena era mas ou menos assim. Conseguimos entrar e aí passamos a ponte. Depois disso o ônibus para e aí fazemos a Migração no Paraguai. Os paraguaios desde o início se mostraram mais educados e simpáticos que os Argentinos. Subimos no coletivo novamente e aí fomos rumo ao centro de Encarnacion.

A cidade é bem pobre. E o rio Uruguai tomou conta de boa parte da parte baixa. Para ter uma noção no meio das ruas existem sacos de areia que formam mini pontes para se passar de um lado a outro e poder olhar todas as lojinhas. São milhares delas e no meio da ruas um monte de camelos todos cobertos com toldos formando uma grande passarela para o pessoal suportar o sol.

Após 4 horas batendo perna, entrando e saindo de lojinhas e comprando algumas muambinhas estavamos muto cansados, com dores por todo o corpo e completamente salgados e melados. Aí resolvemos fazer a o trajeto de volta para casa.

Nosso maior medo era a Aduana. Não que a gente tenha feito tanta compra que extrapolasse a conta, mas pelas inúmeras histórias de policiais argentinos que ouvimos por aí. Mas que nada foi super tranquila e já planejamos uma nova ida para lá... Mas no inverno!

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